O PAPEL DO COMPUTADOR NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE CONJECTURAS E JUSTIFICATIVAS FORMAIS NA MATEMÁTICA ESCOLAR
Palavras-chave:
Conjectura, Prova, Computador, Educação MatemáticaResumo
O incentivo à criação de conjecturas e justificativas formais por parte dos estudantes nas aulas de matemática tem sido negligenciado nos últimos anos, mesmo com os apelos dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos recentes resultados de pesquisa na área da Educação Matemática que atestam a importância de tais práticas na escola. Visando contribuir para uma mudança nesta situação, este artigo discute maneiras de retomar tais práticas no ambiente escolar, colocando as tecnologias digitais como ferramentas com potencial de transformação. Neste contexto, apresentam-se duas possiblidades de uso do computador: uma no campo geométrico e outra no campo numérico-algébrico. Nota-se que os ambientes computacionais os quais possuem representações dinamicamente conectadas, ferramentas de cálculo e de medidas podem fazer com que os estudantes realizem testes sistemáticos e percebam invariâncias, o que fomenta a formulação de conjecturas. Além disso, tais ambientes contribuem para que os estudantes abstraiam propriedades fundamentais na interação com o computador, o que pode ser a base de justificativas mais formais.
Referências
ALMOULOUD, S. A. Registros de representação semiótica e compreensão de conceitos geométricos. In: S. D. A. Machado (Org.). Aprendizagem em matemática: registros de representação semiótica. Campinas: Papirus, 2003. p. 125 – 147.
ALMOULOUD, S. A.; FUSCO, C.A.S. Provas e demonstrações em matemática: uma questão problemática nas práticas docentes no ensino básico. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 10., 2010, Salvador, BA. Anais…Disponível em: . Acesso: em 23 set. 2013.
BALACHEFF, N. Is an argumentation an obstacle? Invitation to a debate… International Newsletter on the Teaching and Learning of Mathematical proof. maio/jun. 1999.Disponível em: . Acesso em: 23 set. 2013.
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Matemática.Brasília: MEC/SEF, 1998.
CARVALHO, C. C. S. Uma análise praxeológica das tarefas de prova e demonstração em tópicos de álgebra abordados no primeiro ano do ensino médio. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.
DE VILLIERS, M. Papel e funções da demonstração no trabalho com o Sketchpad. Educação e Matemática. n. 62, p. 31-36, maio/jun. 2001.
DUVAL, R. Cognitive functioning and the understanding of mahtematical process of proof. In: BOERO, P. (Org.).Theorems in school: from history, epistemology and cognition to classroom practice. Rotterdam: Sense Publishers, 2006. p. 137–162.
DUVAL, R.; EGRET, M. A. L’organisation deductive du discours: Interaction entre structure profondeet structure de surface dansl’accès à la démonstration. Annales de Ditactique et de Sciences Cognitives. Strasbourg,1989. v. 2, p. 25-40.
FREITAS, J. L. M. Produção de provas em aritmética-álgebra por alunos iniciantes da licenciatura em matemática. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 8., 2004, Recife, PE.Anais… Recife, PE, 2004. p. 1–13. Disponível em: . Acessoem: 23 de set. 2013.
HANNA, G. Proof, explanation and exploration: an overview. Educational studies in mathematics, v. 44, n. 1, p. 5–23, 2000.
HEALY, L. Blurring distinction between the empirical and the theoretical?The roles of examples in the proving process. Educação Matemática Pesquisa, v. 2, p. 51–63,2000.
HEALY, L.; HOYLES, C. A study of proof conceptions in algebra. Journal for Research in Mathematics Education, v. 31, n. 4, p. 396–428, jul. 2000.
HOYLES, C. Tackling the mathematics: potential and challenges for research in mathematics education. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 5., 2012,Petrópolis.Anais…Petrópolis,RJ, 2012. p. 1–11. Disponível em: Acesso em: 23 set. 2013.
JAHN, A. P. ;HEALY, L. Argumentação e prova na sala de aula de matemática: design colaborativo de cenários de aprendizagem. In: REUNIÃO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO, 31., 2008, Caxambu, MG. Anais….Caxambu, MG, 2008.
KÜCHEMANN, D. E. Looking for structure: areport of the proof materials project.London: Dexter, 2008.
KÜCHEMANN, D. E; HOYLES, C. From empirical to structural reasoning in mathematics: tracking changes over time. In:DESPINA, A. et al.(Ed.).Teaching and learning proof across the grades: a K-16 perspective. New York: Routledge, 2009. p. 171–190.
LEANDRO, E. J. Argumentação e provas matemáticas: desempenho de estudantes brasileiros com idade entre 14 e 16 anos. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 10., 2010, Salvador, BA. Anais…Salvador/BA, 2010. p. 1–12.
MORENO-ARMELLA, L. ;SRIRAMAN, B. Structural stability and dynamic geometry: some ideas on situated proofs. ZDM: Analyses, Springer-Verlarg, v. 37, n. 3, p. 1–10, 2005.
MORENO-ARMELLA, L.; HEGEDUS, S. J. ;KAPUT, J. J. From static to dynamic mathematics: Historical and representational perspectives. EducationalStudies in Mathematics.n.68,p. 99–111, 2008.
PAIS, L. C. Argumentação no estudo da geometria nos anos finais do ensino fundamental: livros didáticos e formação de professores. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 10., 2010, Salvador, BA. Anais… Salvador/BA, 2010. p. 1–19.
PICCELLI, P. H. ; BITTAR, M. A validação de conjecturas como parte do processo de ensino e aprendizagem da matemática. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 10., 2010. Salvador, BA. Anais…Salvador/BA, 2010. p. 1–9.
PIETROPAOLO, R. C. et. al. Concepções sobre demonstrações e provas nos currículos da formação inicial de professores de matemática. In: SEMINÀRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 4., 2009, Brasília, DF. Anais… Brasília, 2009. p. 1–19.
REID, D. A. Biological bases for deductive reasoning. CONFERENCE OF THE EUROPEAN SOCIETY FOR RESEARCH IN MATHEMATICS EDUCATION, 8th.,2012. Side-Antalya, TU. Anais…Side-Antalya, Turkey, 2012. p. 1–10. Disponível em: Acesso: em 26 mar. 2013.
REID, D. A.;ZACK, V. Aspects of teaching proving in upper elementary school. In:DESPINA A. et al. (Ed.). Teaching and learning proof across the grades: a K-16 perspective. New York: Routledge, 2009. p. 133–146.
REID, D. A.; KNIPPING, C. Proof in Mathematics Education: research, learning and teaching.Rotterdam:SensePublishers, 2010.
SALES, A.; PAIS, L. C. Argumentação e demonstração em uma atividade de geometria em um curso de licenciatura em matemática. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÀTICA, 10., 2010, Salvador, BA.Anais… Salvador/BA. 2010. p. 1–11.
SINCLAIR, N.; ROBUTTI, O. Technology and the role of proof: the case of dynamic geometry. In:CLEMENTS, M. A. et. al. (Ed.), Third International Handbook of Mathematics Education. New York: Springer, 2013. p. 571-596.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Matter

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados pertencem à Revista Matter e seguem o padrão Creative Commons (CC BY), que permite o remixe, adaptação e criação de obras derivadas do original, mesmo para fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao(s) autor(es) nos créditos.